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Seis metas internacionais de segurança do paciente
24 de fevereiro de 2021
A segurança do paciente é um desafio global que requer conhecimento e habilidades em várias áreas, incluindo fatores humanos e engenharia de sistemas. Nesse sentido, a Joint Commission International (JCI) e a Organização Mundial de Saúde (OMS) lançaram as 6 metas internacionais de segurança do paciente.
Ela tem como alvo as seguintes questões de segurança do paciente: prevenção de infecções associadas à assistência médica, higiene das mãos, segurança cirúrgica e envolvimento do paciente.
Sobre as metas internacionais, preparamos um artigo em que detalhamos tais informações. Vamos conferir?
O que é a segurança do paciente?
A segurança do paciente é uma disciplina de saúde que surgiu com a complexidade em evolução dos sistemas de saúde e o aumento resultante de danos ao paciente em instalações de saúde.
Tem como objetivo prevenir e reduzir riscos, erros e danos que ocorrem aos pacientes durante a prestação de cuidados de saúde. A pedra angular da disciplina é a melhoria contínua com base no aprendizado com os erros e eventos adversos.
A segurança do paciente é fundamental para a prestação de serviços essenciais de saúde de qualidade. Na verdade, há um consenso claro de que os serviços de saúde de qualidade em todo o mundo devem ser eficazes, seguros e centrados nas pessoas.
Além disso, para obter os benefícios de cuidados de saúde de qualidade, os serviços de saúde devem ser oportunos, equitativos, integrados e eficientes.
Garantir a implementação bem-sucedida de estratégias de segurança do paciente, políticas claras, capacidade de liderança, dados para impulsionar melhorias na segurança, profissionais de saúde qualificados e envolvimento efetivo dos pacientes em seus cuidados também são todos necessários.
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As seis metas internacionais
Nesse sentido, e como forma de minimizar ao máximo erros com pacientes, a Joint Commission International (JCI) e a Organização Mundial de Saúde (OMS) lançaram as seis metas internacionais de segurança do paciente, que são:
1 – Identificar os pacientes corretamente
Globalmente, a identificação errada ou incompleta do paciente é a principal causa de erros em casos de administração de medicamentos, transfusão de sangue, exames médicos ou procedimentos cirúrgicos.
A verificação e identificação do paciente deve ser realizada para todos os pacientes internados e ambulatoriais do Hospital. A identificação deve ser realizada por todos os profissionais de saúde antes de entrar em contato ou realizar um procedimento em um paciente.
Para isso, dois identificadores para verificação devem ser usados: o nome completo do paciente e sua data de nascimento completa. Uma faixa com os dois identificadores deve ser colocada no pulso de cada paciente quando eles são admitidos.
2 – Melhorar a comunicação eficaz
A comunicação eficaz entre os profissionais de saúde limita o risco de erros e contribui para melhorar a segurança do paciente. A falta de comunicação pode ter um efeito significativo no caso de instruções médicas dadas oralmente ou por telefone, resultados de exames críticos fornecidos oralmente ou por telefone e entrega do paciente (por exemplo, de turno para turno ou de departamento para departamento).
Todas as instruções médicas e resultados de exames críticos administrados por via oral devem ser registrados pelo destinatário, que deve repeti-los. Estes devem ser confirmados por escrito dentro de 24 horas pelo médico que os forneceu e devem ser incluídos no prontuário do paciente.
Para a entrega do paciente, devem ser usados ferramentas e formulários padrão, em consonância com distintas organizações internacionais, de modo a garantir a transmissão completa e adequada de todas as informações clínicas críticas sobre o paciente (por exemplo, diagnóstico do paciente e condição atual, mudanças recentes ou esperadas em sua condição ou tratamento, questões importantes que possam surgir no futuro próximo, etc).
3 – Melhorar a segurança de medicamentos de alto alerta
Os medicamentos de alto risco são produtos farmacêuticos ou tipos de medicamentos que apresentam maior risco de causar danos aos seres humanos se não forem usados corretamente. Eles incluem:
- Medicamentos que estão internacionalmente associados a um alto percentual de erros, como insulina, heparina e quimioterápicos.
- Medicamentos com nomes com sons semelhantes ou embalagens e marcações semelhantes, como Xanax e Zantac.
4 – Garantir local correto, procedimento correto, cirurgia correta do paciente
Um procedimento cirúrgico errado realizado em um local errado e em um paciente errado é uma ocorrência alarmantemente frequente em hospitais.
Fatores que contribuem para tais erros incluem falha de comunicação entre os membros da equipe cirúrgica, falta de processos adequados para verificar os elementos do procedimento, avaliação inadequada do paciente e revisão inadequada do histórico médico do paciente.
5 – Reduzir o risco de infecções de profissionais de saúde
A higiene das mãos é o fator mais importante para prevenir e controlar infecções dentro de um hospital. Tem como objetivo prevenir a propagação de bactérias de paciente para paciente, bem como de paciente para funcionários e arredores do hospital. Pode ser alcançado por:
- Lavar as mãos com água e sabão
- Uso de desinfetantes à base de álcool
- Usando luvas
6 – Reduzir o risco de dano ao paciente resultante de queda
Os pacientes muitas vezes enfrentam o risco de cair devido à dor, instabilidade, uso de medicamentos, deficiência visual, repouso prolongado, etc. Em hospitais, quedas de pacientes constituem a categoria mais frequente de incidentes/acidentes indesejados que podem levar a lesões, complicações ou hospitalização prolongada.
Garantia de segurança a todos
Ao aplicar as 6 metas internacionais de segurança do paciente os riscos são drasticamente reduzidos. Infelizmente ainda são altos os índices de erros médicos, e por isso a importância da aplicação das metas em todas as instituições de saúde.
Espero que tenha gostado do artigo sobre as 6 metas internacionais de segurança do paciente. E para ampliar seu conhecimento, confira também o material que preparamos sobre o perfil ideal de uma secretária para clínica médica. Até a próxima!
Escrito por:
atendimento.sardagna
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